Hoje...O que escrevo
 
É triste e cinzento
Como a chuva no inverno.
Igual à cor da imensa solidão
Em que vai batendo esta criança/ coração
Que habita o meu corpo
Feito casa onde já ninguém mora
Senão eu...a chuva... o frio e este vento que doi
E vem de fora...
 
Razões ?... sobram-me nas fantasias
Nas histórias e nas emoções...
Às vezes quase doentias
Se comparadas com os sons alegres das romarias
Que enchem este nosso Minho.
São as minhas recordações...
Que vou bebendo, golo a golo, como o vinho...
Enquanto assisto ao seu passar em palcos de distante memória
Onde foram guardadas, em socalcos,
 Um para cada história...
Muitas  falam de por quem... e se fui ou não fui amado.
 E deixando-me o sabor azêdo do muito tempo desperdiçado...
 
Oh!...este coração que não tem idade
E com tão pouco tino !...
Mas como ele é generoso em me fazer acreditar
Num outro e melhor Destino !....

msep
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