Chega ela, com suas estrelas, sua lua, seu ar mais leve, sua brisa com frescor.
Tudo isso para iludir, tudo isso para massacrar aquele que já é um desgraçado.
Ela usa armas que nada fazem a carne, porem em Minh alma só provoca dor.
Maldita, falo com a boca serrada, o som é sufocado pela saliva que tem se acumulado.
 
Sinto-me indefeso, sou consumido por um sentimento tão intenso que dá para ser cortado por uma faca.
Maldita, repito, e ela cada vez mais me massacra.
Oh dor insuportável! Dor que me persegues tanto?
Raiva de mim, a culpa minha só minha essa máxima tem como consequência um lamentável pranto.
 
Ei de beber, pois bebida é meu conforto, confesso não sentir mais amor a mim.
Sou réu de mim mesmo, pois fui eu que me permiti ficar assim.
Se sou réu, sou promotor e sou juiz, que vai me advogar? Ninguém! Esse é meu fim
Prefiro te culpar maldita, quando você chega me lembra a ela... Sim! A culpa é sua sim!

Ogro
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