Estou farta dos dias sórdidos
E das palavras nuas
E das lutas vãs
Estou farta da pele fria
E da nuvem que insiste
Em me observar
Estou farta das máscaras
Que tanto massacram a alma
E amordaçam as línguas
Estou farta do riso intrépido
E das brincadeiras de faz-de -conta
E o que me resta no momento de fastio
Até de mim mesma
É a lamúria do por vir
E do que escurece as minhas vistas
Na noite que chega
Prometendo tornar longínquo
O meu desalento