Estávamos tão extasiadas, perfeitamente cobertas por uma euforia determinada “Magia”. Nossos corpos rubros, amontoados, anelados, respirando num único compasso. Nossas veias dilatando-se em fervor, derramando por toda a carne de nossos corpos um suor virulento, inebriado. Estávamos nós, sob a carcaça de um sentimento inefável. Que escancaradamente soava com notório torpor. Beijar-te o ombro nu, toda a pele aveludada, um lírio entre meus lábios, uma fruta, a mais apreciável flor de todo universo, tua displicência, arrebatando-me com a força crédula de seus punhos, com tuas garras ferrenhas de gata alucinada. Escorregar sob a textura permeável de tua pele, deslizar com o ventre inexplorado para junto da estância suprema e irrevogável, para depois desfalecer-me numa sensação de languidez. Os beijos feito vespas a ferir, a descarnar o desejo, de aroma febril, depravado. Como ondas noturnas atormentadas e violentas, em épocas dementes, no vácuo obscuro de algum crânio selvagem formam se as incógnitas mais incoerentes, no solo estarrecido de algum pomar desabitado caem léguas de pés fraudados, descem gotas de tempestades que ainda estão por vir, quebra-se o silêncio de bocas que pouco ainda lhes resta falar. Deságua-se montanhas à nossa passagem e ordenadamente desabam suas estrelas, por vias proibidas, e se espraia junto a praticidade do céu de acolher, e me embala numa casca isolada, venturas aposentadas, me lança numa poça, num verde nublado do meu casulo solitário e me convoca, dá-me a sentença da minha hora, e me aquece, até quando tuas palavras não sobrevivem ao frio que provoca o silêncio, e no mais choroso minuto me abraça, e desbrava um sorriso amedrontado, e planta em mim sussurros regados de beijos, e converte em mim toda a incredulidade, e reaviva em mim todo o concentrado teor de nada mais. Eu Te Amo e Nada Mais!!!

Depois de um sonho...

11/09/05 e 12/09/05, em casa