Pode ter sido o vento
                  Que trouxe o encantamento...
                     Mas neste exato momento,
                        A saudade sentiu ternura e
      Ficou sem rima...

     Então entrei no teu espaço
     Permitindo-me invadir tua poesia
     Folha por folha, Poema por poema
     Amor e dor, pedaços de tudo e de nada.

     Imaginei que encontraria
     Cinzas de saudades, lembranças,
     Desejos, uma festa, uma despedida
     Um abraço, um beijo e uma cama vazia.

     Mas e a musa? Quem é ela?
     Quem faz o coração arder desse jeito?
     Que tipo de vulcão é esse que explode dentro do peito?
     A cada suspiro... Um lamento!

     Não tenho medo de ser vento
     Do tipo que me traz pra dentro
     Sei que vou chorar
     Ao reconhecer que perdi o momento.

     Preciso também ser vento calmo
     Que balança, que acomoda
     Que sem pressa abraça e trama
     Desejos com medos, volúpia e tranqüilidade.

     No entanto, a música... um violino...
     Um certo compasso que de muito longe
     Entrega-me lembranças de vida cigana
     Movimento, dança... flor, beijo, paixão!


     Esse vento quando chega, de nada se importa
     Não me deixa pensar, somente.....entrego-me
     Mistura paixão e piedade, faz em mim viração
     E logo depois, parte...e se vai assim como chegou.

 

Vento de outono
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