O FIM DA ANACRONIA

Um coração bate, um coração que bate está em seu ritmo, possui um compasso.
Outro coração que bate, também possui ritmo seu compasso.
Todo o tempo, a toda hora lá estão eles, em seu ritmo, em sua provável harmonia.
Mas eis que estes corações não estão em harmonia alguma, estão fora do ritmo, estão apenas nos eu ritmo.
Somente quando estes corações se juntam, cada um percebe quanto estavam fora do compasso.
Então, nessa união os dois corações buscam a conciliação, buscam uma forma, um ritmo.
Um ritmo que não seja só de um, mas para os dois juntos.
Quão belo não é quando dois corações deixam seus ritmos e acham um novo, um batimento enfim que acabe com o anacronismo que antes existia entre eles.
Forma-se uma bela união, doce como o som de uma canção.
Das mais belas coisas, das mais gostosas, nada igual ao prazer de amar e ser amado.

Ronaldo Mendes Salles
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