Dilúculo..

 

Cálidas noites que me deixam sem sono
Do vigor que branda meus sentidos sortidos
Das madrugadas penitenciadas em leito denso
Por meu querer estampado no travesseiro elusivo
 
Minha pele flama, transudando minha cama
Das faíscas vivas de meus poros
Querendo o tépido de sua pele
Empós minhas águas molhar-se todo
 
Vem sem reserva, sem medida
Alinhar-se ao meu corpo que te exige
De acaricias, de sorvos pausados
Ate a luz mais clara, do claro dia
 
Vem saciar o lume de meus desejos
Tão severas meu intenso anseio estouvado
De ter-te aqui despido e frenético
E me libertar deste anelo ávido.

Priscila Rodrigues
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