Olhando para Dentro

Olhando para dentro

Olho dentro de mim,
Vejo um vasto deserto,
Árido, sem fim.
Não há nada por perto

No peito cavernas,
Escuras, profundas
Repletas de criaturas
Soturnas e sujas

Na mente labirintos
Incontáveis caminhos
Iguais porém diferentes
Qual o caminho?

Os braços cansados
Sem força para lutar
As pernas fracas
Sem animo para caminhar

Vejo um vasto deserto,
Se olho para dentro de mim,
Procura-se alguém
Que plante um jardim

Que ilumine as cavernas
Que abra os caminhos
Que mova minhas pernas
Que me faça carinhos

Rio de Janeiro