POEMA DO AMOR ETERNO

Aspirei a flor

e senti tua presença amada...

Olhei a estrela no azul do céu

e vi a tua face, amor...

Tomei nos braços uma criança morena

aí te encontrei!

Amei o teu choro inocente, sem motivo;

Amei as horas em que, ainda criança,

brincavas feliz, ignorando a vida;

Amei os teus primeiros sonhos...

E ainda agora,

quando descrente das ilusões passageiras

desta vida efêmera

tua face ocultas do meu olhar

molhado do pranto de te haver perdido...

Eu ainda te amo!

São compridos os teus vestidos;

Teus cabelos branquearam;

Ilusões?

Já não tens mais.

Olho a flor - despetalou-se.

A estrela - escondeu-se.

A criança ficou grande, muito alta...

Escapou-se...fugiu de mim...

E eu ainda te amo!

José Ademir Tasso
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