Trago no fundo de meu peito
As lembranças de outra pessoa
e as memória de quem não sou mais
povoa-me a mente (e tortura-me o coração)
as lembranças de uma vida ida

perdi-me por completo

fui viver em um pais chamado Cotidiano
casei-me com uma moça chamada Rotina
e tive um filho chamado Habito
e hoje habito um corpo que desconheço a alma

alienei-me de meus prazeres
estou alheio ao que sou
e quando quis ser alguém
confundi-me com o que jamais fui

fui o que não sou mais
sou o que nunca fui
e serei o que sofre
sem jamais ter sido

Escrevi esse poema apos ler o excelente livro "a morte de Ivan Ilitch" do Tolstoi.
Me senti motivado, provavelmente por estar no mesmo animo que a personagem , ou melhor, o autor. É a primeira poesia que escrevo.
Acho que o poema é bem claro e nao precisa de nenhuma explicaçao.

Escrevi esse poema em minha casa apos ler o excelente livro "a morte de Ivan Ilitch" do Tolstoi.