Quando jovem
Joguei os dados da Confiança
Em jogo de Sorte
Mas o Azar me sorriu
E deixei na mesa todas meus grandes Propósitos

Continuei

Fiquei noivo de uma prostituta
Pensando que casava com a Felicidade
Comprometi meu Coração no altar da Incerteza
E na porta da igreja
A Realidade fugiu com meus Sonhos

Continuei

Fui trabalhar em uma fabrica de buracos
Achando que construía o mundo...
Mas os japoneses inventaram uma maquina
Capaz de fazer buracos virtuais
E fui despedido

E hoje,
Discursando sobre o mundo em botequins
Conquistando todos amores em elevadores
E, apesar de meu torcicolo espiritual,
Continuo, pois sei que ainda há
Muito cotidiano para ser vivido.

nao acho que ele precise de descriçao...
o poema é bem claro ... trata-se da vida de qualquer pessoa...da minha e da sua, leitor...
é só uma questão de aceitaçao de que nao há nada de especial em nossa açoes...

escrevi esse poema em minha casa ... quando estava entediado ...