TEU CHEIRO

 

 

 
Há o que se vê,
O que se enxerga,
E o que se degusta.
E muito me custa
Não sentir
-hoje-
O teu cheiro.

 
Percebi-me ,
Por entre tuas carnes,
Um aventureiro
Que galopou sobre cavalos imaginários,
E que orou sob templários
-quase todos-
Vãos.

 

 
E esse teu cheiro
-exatamente esse cheiro-
Foi unção
A um coração estafermo,
Que teimosamente
teima em bater
Aqui no meio de mim.

 
Mandei lacrar meu nariz,
Pois só assim
Não serei capaz de cheirar rosas
Que me lembrem de você.
Teu cheiro me faz desejar morrer
Asfixiado.
Cheiro...danado.

Ogro da Fiona
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