pego a rabeira de meu tempo,
esbaforido, aturdido,

vivendo, sobrevivendo

e no atropelo dos dias
céleres correm no calendário
o tempo a finar na ampulheta

se paro, medito, questiono
ameno o navegar na alienação
correrias, ondas das euforias

que deter-me em pensamentos
nau à deriva em mar de enganos
assim imagino uma busca

ainda que ilusória
de um porto seguro
ao cabo da jornada...