Andei pensando,

pensando andei,

caminhei pelo caminhos árduos

da minha cabeça.

 

Fiz uma reflexão;

da vida que levo,

do meu sentido.

Da minha profissão:

pai de familia,

mulher filhos,

amigos,

irmãos.

 

Andei indagando,

sobre o dinheiro que ganho;

sobre o patrimônio que construo

ou a natureza que destruo.

 

O amor, o sexo ,

a paixão,

a fome,

a busca pela vida ideal,

o que faz bem ou mal.

 

A igreja,

a praça,

o buteco,

o carnaval,

a política,

a vida normal.

 

Andei até descalços,

sem camisa!

no meu rosto,

o vento a brisa,

a água sagaz

que me satisfaz.

 

Agora estou parado.

pensando em poesia,

assim, sem ela,

o que eu faria?

se algo fizesse

um poema nascia.

 

eu vivo!

 eu como!

isso.

 

Meu cérebro

meus neurônios cartaseados pelo néctar deste alimento,

formam o sentido da vida,

da minha vida.

do tudo e do  nada,

do fim,

do meio e o início da estrada

onde pra todos existirá uma parada

 sempre.

JÂNIO MOREIRA
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