NÃO QUERO TGV
 
Quando em ti viajo vagabundeio,
tacteio entre teu seio,
por lá fico extasiado,
por mim tudo apalpado,
fotografado pela minha retina,
que só vê beleza em cada tua esquina
ou nas rotundas que te circundam.
 
Paro em tuas estações
e descanso das belezas
que em ti abundam!
 
És minha paisagem favorita,
onde passeio sem carruagem,
a pé, devagar.
 
Não quero TGV
para entrar no túnel da tua identidade,
pois que,
quando entro dentro de ti,
sem olhar,
tu me iluminas com tua claridade
para o melhor sítio encontrar.
 

 
 
Ainda me lembro da porta
por onde em ti entrei
e por lá fiquei!
 
Por vezes finjo que venho embora,
mas é coisa de pouca monta,
pois só o tempo de cada minuto,
de cada hora,
que dentro de ti estou
é que conta.
 
Não quero TGV para por ti passar.
quero comboio a vapor,
que ande devagar
em tuas estações apitar
e resfolgar de amor!
 
Não.
não quero TGV,
à sua velocidade o amor não se vê!
Quero um comboio a vapor
Para resfolgar de amor!
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Autor: Silvino Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL 

 

 

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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