Ela, permanece à sorrir em minhas recordações
Seu riso ligeiro, consistente, pleno em consciência.
Ela e seus olhos insinuantes, seus gestos apaixonantes, o mundo que eu enxergo ao lado dela está no auge em sensibilidade, em soberania.
Ela, será que imagina que está em meus sonhos nesses dias?
Ela, a mulher mais linda.
Novembro é mesmo doce, assim como março, abril, maio... O tempo em que estivermos juntas serão bem gastos.
Ela, incrível em beleza, de uma sensualidade persuasiva, de encantos assustadores.
Ela, foi tão por acaso, faz tão pouco caso, de mim.
Ela, que me devora com seus olhos faiscantes de maneira que me desfalece, subjugando-me ao acanhamento.
Ela, a rainha das noites, das festas, das iradas baladas, a voz do pop, a voz romântica, o canto falado, de uma profundidade tal.
Corro o risco de desandar minha vida por ela, terminar os meus lances, fugir dos amantes, em nome dela, por ela, a mulher que desesperadamente recorro em meus sonhos, de saudade, de vontade, em suplícios.
Em isolamento absoluto, luto contra a força desse monstro que me aterroriza por dentro.
Não posso tardar, confesso que não voltar seria inaceitável, Concluo que estou desmotivada a estacionar, ela me induz à uma riqueza celestial, à um calor espiritual supremo, incessante.

Em casa, 06/05/05