O MASCARADO


(Quando Cristina tinha dois aninhos)

De repente a gritaria... São crianças,
Correndo de um lado para outro,
Fugindo, na infantil horripilância,
De um mascarado que anda solto!

 

Minha filhinha corre e me abraça,
Buscando em mim a proteção, segura,
Contra aquele bate-bola que passa,
Ostentando uma máscara escura...

 

Ah... Se soubesse minha filha outrora,
Quantos mascarados pelo mundo afora,
Enganam multidões desprevenidas!

 

Talvez olhasse aquele ator de rua...
Sem medo ou susto: Qual boneca sua,
Comparado aos que existem... Pela vida!

Édison Palmer
© Todos os direitos reservados