Pintei as paredes de verde para que acalmassem meus prantos.
Na esperança fiquei ansioso e carente pelos cantos.
Rodopiado por mil amores e sozinho a procurar,
sequei meu setembro e flores quisera despedaçar.
 
Correndo atrás dos meus anseios, no entanto
e quase perdido eu reencontrei o encanto.
Vêm sorrindo e vêm cantando... Presentes a se dar.
Recebi meus colegas, alegres a dançar.
 
Verdadeiros amigos, seres comuns e humanos,
parceiros fulgidos que disfarçam meus anos.
Chegaram voando, desceram suas asas e aqui ficou...
 
Olhares antigos de retaliações do passado,
amores e amigos, momentos sagrados.
Repintei as paredes de branco, pois a paz voltou.

Mauro Magalhães
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