Fogueirinha de jornal

Na cidade grande

numa noite gelada

O frio ,qual navalha afiada

corta a pele desnúda

É uma cena desumana

Quem passa nem nota a chama

que por pirraça perdura

Fogueirinha de jornal

que o menino não aquece

Alí no canteiro central

quem passa,vê ,tem dó

mas segue em frente e logo esquece

mas o frio não esquece o menino

que se aquece como pode

escolheu ele esse destino?

Quem deu á ele tal sorte?

No armário sobra o agasalho

de quem passa e não quer ver

que a fogueirinha de jornal

não pode o menino aquecer........

 

 

Rô de Paula
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