INCONSEQUENTE (por Marioh Winner)

Eu, posso fingir não mais lembrar,
que otempo não passou pro sentimento.

 Também posso fingir não enxergar,
 o céu e o vento, pétalas na flor azul do firmamento.
 Teus traços desviando meu trilho sem destino,
 meu passo obedecendo ao seu pedido e me traindo.
 Embriagado com teu cheiro, já não sou mais um menino,
 Carente, transparente, inconsequente e cristalino.
 
 Viver,
 Sem saber o que será e ser...
 Paciente.
 Esquecer,
 Pra poder lembrar e acontecer...
 Inconsequente.
 
 Em meu mundo não habita mais o ar,
 Pois em sua presença eu não preciso respirar.
 Num paraiso de caricias, sentir é fazer sentido,
 Se é por amor e não há dor, não há fruto proibido.
 Preso a sua boca e na mira dos teus olhos sou refém,
 No mundo estranho e bizarro da quiméra, não me acho não me tem.
 Ludibriado em teu carinho, eu peço agua e bebo vinho,
 Riscando o mapa do teu rosto eu vejo o fim do meu caminho.
 

Marioh Winner
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