Ao poeta
 
O poeta é como uma criança,
Que alcança,
E se lança,
Faz uma aliança,
Uma dança,
Em escala,
Sem fala, mudo,
Fala do ato, do fato,
Descreve um retrato.
 
Na voz silenciosa do poeta,
Está à dor,
Mas também o amor e,
Em seu clamor,
Sem temor, assiste e insiste.
Em retratar o que avista,
E como um artista, que visita, e atiça,
Às vezes com muita malícia,
Conquista e enfeitiça.
É como um atleta que soletra!
Que atinge uma meta sem seta.
Tenta sem cessar acabar,
Com a indecência,
Reencontrar a inocência.
Buscar na ciência apenas referencia
Para um homem mais descente,
Que crescente, sente, não mente,
Apenas fica mais consciente!
Um poeta tenta fazer alguém mais contente!

 

Tania Malheiros
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