Ah os poetas, quase sempre solitarios...

Semelhantes a estrela-da-manha, eles são sós

Vagam pelas noites de lua cheia, uivam

São seres quase infelizes

 

 

 

Que sina não lhes legou o eterno?

Filhos da estranha solidão dos astros,

Do amor possessivo da arte...

 

 

Sus lembranças , jazem no esquecimento dos povos

Nos monumentos de argila e bronze...

Seres agonizantes, alegres, filhos do mistèrio,

Do vazio de janeiro, das tempestades...

 

 

E ninguèm, ninguèm suporta a sua compahia...

Ninguèm quer seu amor platônico, febril, possessivo de deus.

 

 

Quem um dia te desejarà menino?

Quem anseará teus versos?

Quem te cortejará?

kildery oliveira
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