As gaivotas voam junto ao mar,e vão para lá do meu olhar,

o frio aperta,e,alguém vende castanhas ao povo que passa.

Eu quieta recordo quando te vi,quando te falei e depois te perdi.

Uma vida num segundo destruido ainda hoje me faz confusão na alma que tudo aconteça,

seja tão fácil assim.

Por um momento,tudo parou,o tempo,as gaivotas pararam de cantar,o velho cacilheiro não atravessava

o mar,e te vi.

A ilusão de ver alguem querido:de te ver a ti.

Mas tudo voltou a eterna melancolia,e eu continuo sózinha a ter a ilusão,que te vou ver

cada vez que tudo parar outra vez.

Hoje sofro por não ter alguém a meu lado,como tive em tempos atrás.

Como me é dificíl passear e ver aqueles pares de namorados de mão dada,a rir um para o outro,

e verem o pôr-do-sol e beijarem-se como dois enamorados.

Aí! como eu gostaria de poder atrás no tempo,fazer com que a rotação do tempo parasse e voltasse atrás aos dias,

em que o amor era muito melhor.

Como é gostoso viver aqui no silêncio e pintar numa folha de papel o rosto dum rapaz,

que eu continuo a lembrar e as lágrimas correm-me livremente pelo rosto.

Oh!como eu vi elas consumirem os melhores anos da minha vida.

E sem nada poder fazer.

Eu vou partilhar um segredo contigo:o meu coração também foi partido,

mas foi partido por ti!

voluta
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