A boca aberta...
Desmesuradamente!
No riso hipócrita.
Os olhos crescidos...
Intumescidos!
Na alegria fingida.
Os dedos esguios...
Saltitantes!
No agrado fácil.
A espinha que se curva,
Na mesura convencional...
Tudo me desagrada!
As vozes me irritam!
O riso...
Leva-me ao paroxismo...
Agrada-me o silêncio...
Adoro a visão sem vultos:
Só o verde,
Das matas e dos rios...
Só o azul,
Do céu e do mar!
Leitura de Augusto dos Anjos e Baudelaire mais langor juvenil dá nisso.Observem que é talvez o poema da lingua portuguesa com maior número de pontos! Um recorde.Volta Redonda-1958
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