Eu olho para os homens,
E olho para o mundo,
Em si imundo,
De dentro para fora,
Para o fundo,
Meu sentido aguçado,
No fundo,
Esse mundo culpado,
E profundo,
Que me faz revoltado,
Calado,
Sofrido e sortudo,
Amado, renegado,
Impróprio, infortúnio,
Da certeza,
Do insulto,
Da beleza,
Que em magoa doutrina,
Que da dor ensina,
Estado de espírito,
Residência terrena,
Enciclopédia das almas,
Que na terra plena,
Corta o cordão umbilical,
A origem de tudo,
De onde nascem a maldade e a bondade,
De onde ainda arde,
A essência do bem e do mal.

Não será por esse mundo,
Que concebido em contradição,
Tornou-me um ser oriundo,
De uma nova nação,
Não há de haver uma só civilização,
Se de começo,
Eu apenas conheço,
Verso, prosa e refrão,
Que a melodia entorna,
E a compreensão só retorna,
De uma nova concepção?
A de que o homem existe,
E por isso persiste,
Em errar de verdade,
Se na obviedade,
E dentro dela só cabe,
O que de novo se sabe em vão.
Pois se há verbo,
Eis aqui um servo,
Da sua comunicação.
E por isso tentarei acertar,
Pra ver se ainda posso mudar,
O que não compreendi até então.

Será nesse tempo,
Que o meu alento,
Que hoje se faz violento,
Far-se-á compreensão.
Aos olhos de quem vê um principio,
No meu precipício,
De achar que o inicio,
Ainda é no que invisto,
Pra recuperar tempo em vão.

Não me jogarei aos leões,
Nem pedirei compreensões,
Apenas aqueles que me julgarem,
A esses deixarei que lamentem,
Por um dia acharem,
Que não seria valente,
Por pensarem,
Que desistiria assim de repente,
Jamais deixarei meu passado,
Sem pensar no futuro,
Jamais deixarei que julguem meu pecado,
Que me sujem com seu conceito culpado,
Ou de que me achem armado,
Quando me matarem puro.

Sinto eu em meu peito,
Apenas um direito,
O de lamentar sem penar,
Pois quando eu hei de pensar,
Que procuro na verdade,
Minha bipolaridade,
Entre aceitar e negar,
Eu vivo de conceitos,
Se não fosse por isso,
Não me faria tão omisso,
Na hora de reclamar,
Reclamar apenas a esse respeito,
Que o que é meu por direito,
Pode de lado mudar,
E o que eu achava sendo seu,
Hoje faz parte,
De minha metade,
Que procurei sem achar.

E quando olho no espelho,
Não tenho mais incertezas,
Sou eu colhendo,
O que me deixou o tempo,
A modificação da beleza,
Que me faz a todo o momento,
Ser fiel da avareza,
De economizar em mim,
O que aprendi e o que ainda eu hei de mudar!!!

Checheu
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