A menina dos meus olhos

A menina dos meus olhos
 
Aqui tudo é impreciso ao extenso, mas grandioso em amplitude, e todas as tonalidades aqui são mais vivas parecem existir um zelador invisível ou talvez um artista a pintar a cada manhãs e anoitecer uma nova paisagem sem nunca repetir uma sequer de suas obras. O pôr-do-sol é recheado de amarelo às vezes se apresenta como um brasão de fogo diluindo em algumas rajadas de botões de rosas ao enfeitar o inicio de um novo espetáculo e as noites, recanto de onde macho procura o carinho de sua fêmea ao retribuir calorosos enlaces de amor.
E quando o manto branco é recolhido calmamente logo vem entendida uma linda colcha forrada de estrela, onde os pássaros procuram nas árvores em grandes algazarras o repouso noturno.
São tantas as maravilhas neste brasão estrelado onde o azul noturno ao ser fundindo com o negro da cor noite torna-se vinho tinto e convites para uma noite de amor. As arvores são um grupo anciãs que estão em constantes orações e suplicas ao Criador. No lago parece uma tela de reflexo a espelhar como um prisma dissolvendo em vários nuances primários e secundários. Este lugar me faz feliz, aqui onde sentado embaixo de umas aroeiras ou uns ipês roxo faço minhas poesias e canções de amor. Neste santuário onde vivo, os canários do reino, da terra voam em bandos orquestrados a cantar toda a alegria do que é ser feliz. Ah meu amigo! É neste pedaço de chão onde ando descalço e sinto as sintonias da mãe natureza.
Quando chove tudo se aquieta, mas bem devagarzinho a vida animal volta a trabalhar cultivando a terra e as borboletas junto com os beija-flores vão beijando flor em flor retornando a polinização.
As águas são como espelhos da águas onde pequeninas gotinhas de chuvas fazem fluir um colossal e impetuosos volumes de águas que depois planam como se estivessem paradas sob a tela de um quadro.
Aqui a paz, em forma de espírito esta presente nas águas, mata e ar que ao ser respirada implanta com amabilidade a arte de viver e amar.
 
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