SONATA DE AMOR

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Menina eu quiria ter asas!
Pramodi prô infinito vuá.
E uma nuvi bem branquinha...
De entre as ôtra arrancá.
Uma nuvi que nem argudão...
Pra fazê dela um corchão...
Pra nois dois se agazaiá.
 
E com o orvaio da noite...
Eu fazê um cobertô.
Infeitado de anjim...
E arguns ramim de fulô.
Pra adispois de nois juntim...
Eu te niná cum carim...
Pra gente fazê amô.
 
E dibaxo do céu azul...
Cum as istrela a briiá.
Eu te inchê de bejim
Pra tua boca adoçá.
Enquanto nois dois grudado...
Naquele momento sagrado...
De amô se imbriagá.
 
E assim imbriagado...
Sintindo o coração zuado...
Cumo eco de truvão.
Eu te decrará uma poesia...
Cum a merma meludia...
Que faiz nois dois se amá.
 
Vô pedi a permissão de Deus...
Prus anjim pra nois cantá.
Fazeno uma grande festa...
Imbaxo da luz do luá.
Afrirmá procê eu posso...
Que um amô cumo o nosso...
Ninguém mais vai incontrá.


Poesia: Luiz Pereira
Foto: Imagem de dominio publico:
Site: http://www.glimboo.com/boboleta

Esse tipo de poesia é uma forma matuta de escrver que além de divertida, também mostra a maneira brejeira de falar de amor, coisa pecuniar em todos nós brasileiros.

Palmas - TO 22/06/2006

LUIZ PEREIRA DA COSTA
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