O MÍNIMO DO MÍNIMO

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_Não quero tuas asas
Feitas de penas
E cera que ao calor do sol,
Derretem eu caro Ícaro.
 
...Quero as asas das minhas gaivotas
Que em seus vôos razão águas do mar
A procura de alimentos.
 
_Não quero mais apenas o verde
Da nossa bandeira,
Com suas frases emblemáticas...
“ Ordem e progresso” meu caro Brasil.
 
Pois nossa ordem aos poucos
Está indo para o espaço
E em nome do progresso,
Destroem a vida de que tanto precisamos.
 
...Quero minhas matas verdes
Com cheiro de mato,
E sua adversidade de vida
Que tanto me enche o ser de alegria.
 
_Não quero ser herdeiro
De algum Bill Gate americano desses
Que coleciona seus dólares
Enquanto o mundo morre de fome.
 
...Quero que a humanidade possa viver
Com a mesma dignidade
Que sofrem.
 
...Quero meu povo forte pra suportar a dor
E caminhar com esperança pro futuro,
Em busca de Deus.
 
_Não me permito à vida essa que vivemos
Sem o mínimo de dignidade possível,
Pra poder ver minha semente germinar,
Crescer e frutificar saudavelmente.

Poesia: Luiz Pereira
Foto: Imagem de dominio publico: Borboletas
Site: http://www.abbra.eng.br/gramado-RS

Esse poema é um pequeno momento de revolta do poeta
que tem sua alma angustiada,
com a violência desenfreada,
a falta de sensibilidade das pessoas
e a matança do nosso planeta.

Palmas 11/07/08

LUIZ PEREIRA DA COSTA
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