Tempo ocioso. (Um Personagem)

Tempo ocioso. (Um Personagem)

 
Eu tento ser dono de mim
Mas qual nada!
Continuo sendo escravo mesmo assim.
Eu sinto falta do meu tabaco, charuto Cubano,
Da minha pequena dose de aguardente, de cana,
E de outros vícios que um dia tiraram de mim;
E da minha binga jogada no lixo;
Pois, fora um presente do meu velho pai.
As vontades me foram todas furtadas...
E já não são mais minhas. Dizem
Que as águas mortas não movem moinhos,
Mas, eu e meus ideais ainda caminhamos juntinhos.
No banco de uma praça qualquer
Uma idéia é jogada ao chão.
Sobre o tabuleiro de xadrez
Engano a minha solidão.
Não sou novo nem sou ancião
Ainda tenho muito a lhe oferecer
Mas a cada passo um novo tropeção
E no meu peito um marca passo
Para ajustar o descompasso,
Deste meu velho coração,
Ainda apaixonado pela vida.

A nossa sociedade com suas idéias arcaicas empurram nossos cidadãos mais velhos para os bancos das praças e transformam seus antigos ideais a simples tabuleiros que lhe passam a sensação de que ainda são úteis. Na sua grande maioria, os supostos idosos contam com grande experiência tanto de vida quanto profissional que deveriam estar ensinando aos nossos jovens os segredos de seus ofícios. Obrigado pela visita e ao saírem deixe um comentário ou uma simples critica.

Observando o movimento na pra