Sombras

 
Sombras que caladas, subtraídas se movem, não choram
Estavam ao pé da minha cama sozinhas e tristes,
Brincavam de acender luzes apagadas no escuro,
Tive pena ao ver suas mãos calejadas,
Seus pés acorrentados e a coleira nos seus pescoços
Eram escravos da escuridão.
Senti muito medo e muito remorso,
Acendi a luz da cozinha pra espantar minha consciência,
Relampejava intensamente durante aquela tempestade
Em que por ironia do destino não consegui dormi,
Chorei, angustiantemente chorei
Fizeram-me companhia as sombras que falo:
E falaram de voz rouca e enciumada:
“Bom poeta, Bom poeta
Por que renegais as sombras que emergem,
Porta-voz de nós
Não te cales, nós é que te damos teu poema,
“Deve-nos respeito e viemos te buscar...”
A tempestade não cessou, despedi-me de minha amada
E fui aonde às sombras queriam,
Falei ao mundo e as libertei...
Ponto escuro.
Ponto final.

Este é um poema que retrata o inicio de tudo, como comecei a esquecer, a grande questão que tento botar é quem são as sombras...

Leiam e por favor me digam o que acham.

Minha mente

Diego Duarte
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