Olhos vermelhos dum cavalo verde...

Na esperança de um dia vermos,
Na esperança de um dia sermos,
A esperança de um dia nos tornarmos
E, vivenciarmos.

Salta sobre todos os obstáculos,
Tal como um cavalo triunfante,
Sem olhar ao redor, aos lados,
Focalizando os objetos adiante.

Uma única meta na vida,
Olhos vermelhos, conquista, poder, vingança.
Uma única decência sadia inativa.
A esperança?

Esparança sadia.
Na alma ardia,
De um jovem equino
De um podre menino.

Confinado com a raiva coexistir
E o puro desejo inibir,
De a paz conquistar,
De um mundo amar.

De olhos vermelhos,
Do berço à cova,
E na epiderme a cor de sua pele.
O verde da pregação, de uma era nova.
Esperança...

Vale a pena, cair nesta dança?
Vale a pena, furar-se nesta lança?
Vale a pena viver caótico?
Vale a pena viver num estereótipo?