O céu cinza... O claustro
a dor de estar-se preso 
e o coração... 'inda ileso...
dores mil no corpo exausto. 

Na escura solidão do quarto
dói o ser de coração sem amor
pois mais ama... Mais sente dor
Ó! flagelo de nós atados...

Chicotes que estalam na dor
e na imaginação... utopia em flor
Sai de mim! Usurpadora solidão!

Minha vista cega pela luz
e na vasta dor solidão me seduz....
Pára... Adeus dor, morre o coração.

Valdemar
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