Mágoa.


....
Pelos dedos sangrentos e lacrimosos, gélidos como o Alaska,
Dói-me feridas, magoam-me desconhecidos pelo âmago.
E tu ris...
Ris da minha solidão.
Doei-me os pés, estou descalço,  pedras malditas.
Nascem pequenos rios de sangue nelas,
São as minhas lágrimas sanguinolentas.
E cruel saudade, ris aos ventos.
Tu,
Escabiosa,
Insolente.
Que mal fiz eu, sem mesmo saber se o fiz.
Porque me varres alegrias?
E deixas-me as tristezas.
Eu choro,
E tu ris?
Nostalgia, és culpada.
Mas mesmo assim,
Troças.

No topo da saudade

Nuno Jose Freitas Cabral
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