Bem na linha do horizonte eu vi um dia
Um resquício de saudade, e vi o quanto,
Não contendo minhas lágrimas, na vazia
Imensidão do meu ser rolou meu pranto!
Eram dores consumindo as resistências
Que eu fazia, sem vigor, frágil barreira,
Pra burlar, talvez, a minha consciência,
E, assim, “tapar o sol com uma peneira”!
Essa chama que consome, o ser, existe
Nas entranhas do recôndito, do indolor,
Machucando com jeitinho, ela consiste,
Em constranger todo âmago sem candor,
Ela emana do além, mas nos faz tristes,
Corroendo sem piedade: a dor do amor!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 29 de outubro de 2007
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