Me despi
tirei o chapéu
Atirei o violão ao léu
violei teus sentimentos
quase sem constrangimento
deflorei teus pensamentos
Fiz do seu momento
o meu momento
e porque não dizer
talvez nosso momento.
Contigo me sinto como se a conhecesse desde menina.
É tanta felicidade
que cada vez mais cresce a afinidade.
Agora perdão
chega de xurumelas.
Sinta-se a vontade para tudo.
Eu dou-te este direito depois de tudo que fiz.
O que eu desejaria agora era um espelho que me permitisse olhar para trás.
Descortinando as janelas do passado e mesmo sem saber,
nos vermos caminhando naquela mesma alameda do Colégio Brasil.
E no portão junto a Alameda comprar
quebra queixo, mariola, pipoca, balas, paçoca,
e até mesmo cuscuz na carrocinha do Sr. João.
Depois pegar o bonde
que nos levaria sei lá aonde.
Talvez para pertinho do Morro do Céu.
Com você ver uma matiné no Cine São Jorge.
A DAMA E O VAGABUNDO, PORQUEM OS SINOS DOBRAM, REIS DOS REIS.
Brincar no Horto Florestal.
Dar bananas aos macacos,
tremer ao ver a jibóiia enroscada no galho da mangueira.
Apreciar o olhar de um felino.
Ouvir o canto do Siguiriri e da Siriema.
Depois de admirar teu cristalino,
olhar para o céu,
beijar teus lábios
comprar uma garrafinha de mel.
Você largar a boneca
eu chutar para longe a bola para jogarmos peteca.
A peteca caia no chão.
Você ainda doce criança para mim a sorrir daquele meu jeitão.
E eu na minha voz ainda de menino sorrindo dizia....
SUA SAPECA !
LEVADA DA BRECA.....
Risossssssssssss
E hoje o que você me dizes responderei......
E hoje o que você me dizes responderei.....
UM HOMEM VELHO, UM CHAPÉU, UM TERNO BRANCO, UM VIOLÃO...
Graça da Praia das Flechas
Março de 2007.
Vejo-me no espelho
Tenho o corpo nu
De uma mulher que já Viveu
Sofreu
Chorou
Fez chorar
Foi enganada
Também ludibriou.
Foi assim a última vez.
Eu lhe vi num pequeno espelho convexo
toda deformado numa imagem virtual da alma ao sexo.
Ouvi dos teus olhos.
Meus olhos são Inquisidores
como se perguntassem-me:
Para que
E por que queres mais Viver?
Eu vos respondo.
Um dia vives tu
noutro morre tu.
Morta em espírito já estás
Abandonada
Por "ele"
Mas ficará muitas e eternas lembranças.
Por aquele que se dizia
Teu eterno amor.
Sabias tu que minha vida
sempre foi num fio de navalha.
Mais um canalha,o Mundo ganhou!
Tua língua afiou
e minha carne cortou sem corte,e sangrará
até a morte.
Meu rosto em lágrimas Agora
Meus olhos ainda Indagando-me:
Por qual razão,sua Devassa - demente
Você ainda chora?
O amor nunca morre,
o que morre é a paixão.
O amor é o proprietário do coração.
A paixão o inquilino da mente.
Não sabia que ele era um Vagabundo
Não tinha tempo e nem Tinha hora?
Perdão minha senhora
nem por um segundo
quis fazer do teu amor desdém.
Um náufrago do mundo
Que um dia sem avisar
Seguiria seu caminho.
Fostes minha tábua de salvação, meu porto seguro,,
relembrando as noites no teu ninho.
Levando apenas o chapéu
O violão velho,sem cordas
E o terno branco de linho
Que sairia a andar ao Léu?
Com um chapéu de Panamá amassado, um terno de linho
branco encardido surrado,
um violão quebrado
que ao tocar imaginava
teu corpo dedilhar
sai a andarilhar.
Um homem sem eiras e beiras
Que nunca respeitou Nenhuma fronteira
Quem manda também
Você só fazer asneiras?
Será que asneiras foram
te amar ?
Será que asneiras foram
fazer de cada momento
o eternamente?
Agora vai agüentar
Com teu coração Arrebentar
Porque sabes que ele não Vai mais voltar.
Querer é poder,
se quiser eu volto.
Faça do teu espelho plano
deixe de vez esta imagem
irreal invertida desta tua vida sofrida.
Não,não quero me olhar!
No espelho como Tresloucada a chorar
Estou
Ensandecida de dor
Porque perdi meu único e Grande amor.
Nem tudo está perdido.
O que pensas ter perdido
foi apenas esquecido.
Coisas do Coração!
Quero sangrar até morrer
Antes de completamente enlouquecer
A faca afiada está perto
Como a me chamar
Pego-a na não
Para meu peito rasgar.
Quero ver meu coração Sangrar
Pelas portas da Morte,entrar Se isto mesmo acontecer
espero a tempo chegar
e com minha mão
cerzilhar teu coração.
Desta vez,não há solução
Por você perdi Completamente a razão.
Quero esquecer
Quero morrer
Até que os vermes
Venham esfomeadamente
Minha carcaça pútrida Comer.
O que é do homem o bicho não come!
Hei de impedir-te
praticar esta loucura.
A porta do céu para ti
haverá de estar sempre escura.
Procurarei estar sempre por perto.
E haverá o momento certo.
Em minha fria Lápide
Escreverão:
POR
UM HOMEM VELHO
UM CHAPÉU
UM TERNO BRANCO
UM VIOLÃO
MAS DESTA VEZ
NÃO HOUVE NENHUMA LINDA CANÇÃO!...
Ao meu cantar
esta lápide estremecerá
e em mil pedaços se reduzirá.
E em pó se transformará.
E na canção do vento
será levada ao tempo.
Assim o velho voltou
O MESMO VIOLÃO
O MESMO TERNO BRANCO
O MESMO CHAPÉU
E A MESMA VISÃO
PARA NÓS DO CÉU.
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NITERÓI-R.J
FANTASIAS QUE PODERIAM TER SIDO REALIDADES.
LOCAIS REAIS DE SONHOS IMAGINÁRIOS.
SITUAÇÕES IMAGINÁRIAS QUE PODERIAM TER SIDO REAL.
OBRIGADO GRAÇA DA PRAIA DAS FLEXAS POR ESTA REGRESSÃO.
ACREDITO QUE MUITAS VEZES ESTIVEMOS JUNTO NA CARROCINHA DO SR. JOÃO A COMPRAR BALAS.... RISOS
BONS TEMPOS MININA.NAVEGANDO
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