Palavras soltas ao vento
Que por vezes tento
Reorganizar
O sentido do que estou sentindo
E poder falar
Da boca pra fora
Na boca do lixo
Da boca do estômago
Não tem sinônimo
Nem ao menos antônimo
Pras palavras, que eu quero falar
Do desejo de desejar
Poder falar o que invento
Da brisa ao vento
Tudo que penso
Pro seu coração escutar
Vão-se as palavras soltas
Nesse imenso vendaval
Formar sentenças poucas
Misturadas no temporal
De frase atemporal
Louca ou normal
Não importa, não faz sentido
Se não sei dizer,
Dessas palavras soltas
De tudo que vem sentindo
E que no peito jaz sentido.

Fabrízio Stella
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