Já não sou aquele homem de outrora:
Não possuo nem um pouco do vigor
Que o meu corpo exibia, hoje vigora
A frágil égide no lugar do esplendor
 
Que sustinha um dia minha plenitude! 
E o bom tempo juvenil não permitia
Que houvesse derrocada à juventude,  
Coisa que não acontece hoje em dia.
 
Não me rendo à reles hoste do tempo,
Mesmo sabendo da triste companhia
Que me faz essa idade, e contemplo
 
À distância, e tenho como uma ironia
Do destino, que me serve de exemplo,
Pois, que faz bem feliz meu dia-a-dia!
 
Autor: José Rosendo

Nazarezinh, 28 de fevereiro de 2007