Vago pela rua e contemplo,
As vidas de quem por mim passa,
Vidas sedentas de magia,
Cada ser com suas histórias,
Cheias de dores e alegrias,
Tão aterefados que nem notam,
Nem reparam como é bom viver,
Como é bom sentir, ser,
Porque tem de ser tudo assim,
Sempre a correr,
Reparo nos bancos de um jardim,
Sentados de olhos tristes,
Seres que um dia foram famintos,
De desejos, de ambições,
Já não me parecem felizes,
Sei como olham para os jovens,
Que veêm neles,
Algo que um dia foram,
Cheios de vida, alegria, amores,
Estão ali jogados como as folhas,
Á espera do seu dia,
Ninguém lhes fala,
Ninguém nota o seu olhar,
Muito menos o seu clamar,
Querendo muito a sua história contar...

Reparo neles jogados nos jardins, nos centros comerciais
Ali estão um dia após o outro, com aquele olhar
Olho para eles e sinto uma vontade enorme de chorar de os abraçar !!!!