Anátema fêmea que emana tanto desar,
Sangraste em edaz meu grácil coração,
Substância satânica que me fêz penar,
Presa indefesa desta mulher-maldição.

Vives do prazer sem o amor conquistar,
Anatomia perfeita com exímia sedução,
De ti nada quero, em ti nada vou achar,
Tudo que sinto agora é a pura aversão.

Procede que os sintomas de desdenhar,
Fazem em ti a mais referta convicção,
Tens por escopo teus amores humilhar.

Sacias tua veneta sob égide da traição,
Das tuas maldades eu quero-me afastar,
Mãe da beleza, mas filha da compaixão!