VELHO CARRO DE BOIS!

Esse carro de bois abandonado,
Como vês aí nas beiras de estrada,
Já foi peça de prestígio no passado
Com a sua presença anunciada,

Seu gemido era ouvido à distância.
Se açoitava os bois o seu tangente,
Bem se notava toda a sua elegância
E postura, pois, deveras era imponente!

Na sua composição eram encontradas:
Quatro grades, dois esteios e um eixo,
Um tablado e duas rodas bem travadas,
Só madeira! E o característico remelexo!

O seu porte de beleza era singelo,
Mas deixava pasmados quem o via;
Era bonito, não ao ponto de ser belo,
Mas enchia os corações de alegria!

Sua utilidade maior: carregar cana
De açúcar, e o seu funcionamento:
Dois bois bem robustos e uma canga,
E se prestava até pra casamentos!

Mas, o tempo passou e, hoje em dia,
Não o vemos preservado, isso, pois,
Nem museus guardam toda a serventia
Do saudoso e invulgar carro de bois!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 21 de julho de 2006