“ (...) O que escrevi ontem à noite se não boa poesia? Seria eu demasiado ligeiro, demasiado superficial? Não sei. Às vezes não sei quem sou ou como medir e nomear e contar os grânulos que me fazem ser quem eu sou.”
“ Agora alguma coisa me abandona; alguma coisa sai de mim para ir ao encontro daquela figura que se aproxima e me assegura de que o conheço antes que eu veja quem é. Quão curiosamente somos transformados pelo acréscimo, até mesmo a distância, de um amigo. Quão útil é o serviço que nossos amigos nos prestam quando se lembram de nós. Contudo quão doloroso é sermos lembrados, sermos mitigados, termos o nosso eu adulterado, misturado, se tornado parte do outro.”
Virginia Woolf - As Ondas
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