Seja meu se te convém
Seja meu, se te cai bem
Mas seja meu
Assim me sinto mais eu
Assim já não vivo no breu

Qual o limite entre o amor e a obsessão?
Penso, respiro, acordo e durmo contigo, todos os dias
Como se não houvesse nada mais prazeroso ou relevante
Aceitando de ti apenas as migalhas de amor que me doas
Que migalhas? Que amor?
Se não tenho sequer tuas palavras, por que ainda me coloco nesse papel de coadjuvante dos teus números e das tuas ligações pouco antes do alvorecer?
Não existe lucidez em te querer a qualquer custo, a qualquer canto.
Não existe sequer você. Então por que ainda te faço poemas?

São Paulo

Alana Lima
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