Sob os arcos do céu, nalgum lugar
Onde o sol ilumina, ao se esconder,
Uma porta pequena, secular,
Permanece ao matiz do anoitececer...

O ambiente por dentro é feito lar:
Um rendado na mesa a se estender,
As cortinas abertas ao luar...
Tudo chama a um sublime recolher.

O lugar é de paz e nostalgia...
Qualquer alma em lamentos silencia...
O endereço: um poema angelical.

É o lugar que procuram, os errantes,
Solitários, tristonhos caminhantes...
E os meus passos também, até o final.

PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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