No azul pintado no céu
Há borrões brancos e cinzas.
Aguas que moverão moinhos
E tempestade que afogam ninhos.
Entre o céu e a terra há homens ranzinzas
Montanhas que o vento aporrinha
O fogo no cerrado destrói a sabedorias
E expulsa do lar os passarinhos.
O caboclo ribeirinho vê seu sustento ruir
Passa a miséria de pai para o filho
É um trem desgovernado saindo dos trilhos
Só restam migalhas da mesa farta do patrão
É o pai é a mãe e os filhos que sofrem, mas acreditam,
Que próximo governador vai lhes fartar de pão.
[...muita fé e pouco pão...]
 
J.A.Botacini.

 
 

Jose Aparecido Botacini
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