Quase perfeito

Lembro bem do "crime" que cometemos,

Daquele fogo,

Do colchão no chão,

Lembro da ansiedade explícita

No seu corpo de aprendiz

Olha para mim e me diz

Qual será a nossa sentença?

Seja lá qual for,

O nosso crime até compensa

Constituímos provas,

Deixamos várias evidências

As minhas digitas na sua pele

Chegam a ser até ofensa,

O seu gosto na minha boca

São vestígios contundentes,

As nossas lembranças gritam,

As paredes tem "ouvidos"

Nenhum gemido pode ser silenciado

Bendito seja nosso pecado

Porque dele não me arrependo,

Pois foi bem melhor pecar feliz

Do que me Santificar sofrendo.

 

Tatiane Correia Silva - Compositora/Poeta (SALVADOR-BA)
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