O relógio, o jovem e o trem

Que farei do amanhã que vem sem demora?
E que sonho é este que me acorda agora
Avisando que a vida vai acontecer, vai amanhecer...
Que direi às mãos que se empenham [Em quê?]

Quem é este que indaga? Ora, não se afoite!
Meus ponteiros marcam meia-noite
E o trem só vem quando o sol chegar
Que te preocupa e te faz madrugar?

Este que indaga, relógio dos trens,
É alguém que bem cedo tem que ir além
Enquanto não vou, espero no escuro
A luz da idéia que acenda um futuro

O sonho, que eu penso e procuro,
Espera-me intenso em outra estação
Mas qual é o trem que com exatidão
Leva-me ao rumo ainda obscuro?

Rumo, eu assumo meu jovem,
É destino que as horas não vêem
Só posso dizer que os segundos fogem
Do mal do atraso que o trem não tem

Pois então, relógio, quanto tempo tenho?
Preciso afirmar cheio de coragem
O sonho em que agora me empenho:
De trilhar a certeira viagem

Tens apenas o tempo de agora
É chegada a manhã pra você
Que o trem-coração te leve embora
Ao encontro do sonho de aconteSer

poesia pra escola... vale nota...ai.