A violência domestica

Nos momentos que estou só

Que são quase sempre
Paro pra assistir tv
E vejo passar a minha vida
A dor tomar conta de me
 
Mulheres como eu perdendo a vida
E sei que minha hora está chegando
Estou só, não posso correr
Sozinha sei que estou
Mas assim como te dei amor
 
Posso te dá fim
Um dia o sangue, que escorrei em me
Pode ser em você
O chão que tanto me aparar
Pode ser o seu lugar.
 
Antes posso ser viúva
Do que minha vida tira
Entre fica presa ou ter meu sangue pintar o chão
Escolho ser presa,
Pois apanhar não mais
 E ser morta não sem luta.
 
Uma coisa vou dizer
Em me não bate mais
E se resolver tentar
Vai dormir sem acordar
Este é meu pensamento.
 
De hoje em diante
 Não dormo com inimigo
E viver sempre indefesa
Não mais, essa opção você tem
Ou me aceita como sou
Ou saiu por aí
Sem olhar pra atrás.
 
Por isso faça-me o favor!
A mulher pode se manter
Não precisa se submeter
A morte, castigo e dor.
 
Não queres, então só me
Resta partir, sem olhar pra atrás
E sem me curvar a te
Que nunca me amou, vou atrás
Da minha liberdade.
 Zoraida