Não publico nada que não seja meu

mas não posso deixar de dizer que o rosto teu

assombra minhas palavras

e delas escapam

doces suspiros 

que não me pertencem

pois que emanam 

e escapam pelos versos

dispersos

aos direitos da beleza

que a ti se concedeu...

 

Pudera prometer pagar direitos 

a traços tão belos e definidos

como quando o espanto

grita um grito

nem mudo

nem pouco nem tanto

um ricto...

 

O que é meu se a palavra 

me antecedeu

e a poesia que a si própria se lavra

nunca me conheceu?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prieto Moreno
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