Eu que de progresso nada sabia
Hoje ao dormir sou
Obrigado a ver e ouvir
Os maquinários da destruição
Acabarem com tudo.
Eu que por não ser tão egoista
Acabei- me pessimista
De sentir o egoismo de hoje.
Eu que ainda
Não entendo nada da vida
Sinto a destruição em mim.
Eu que apesar dos pesares
Ainda sinto o " ar puro dos ares "
Gostaria mesmo de saber.
Que política mais desgraçada
Por não levar a natureza à nada
A não ser para morrer.
Eu que me sinto um inapto
Por ver transformar a natureza
Em tudo de errado
E nada poder fazer.
Me orgulho de ser pobre
De ser simples ao invés de nobre
Porque o ser humano só se descobre
Quando algo lhe atinge a sorte.
Para todos que estão convidados
a sair no bloco do "vai quem quer "
neste início de noite de folias e os que não estão
também possam refletir sobre tudo isto.
Pois, as benesses que o Criador nos proporcionou
estão se esgotando assim como o próprio ser humano,
Afinal de contas não somos todos Natureza.
Nivaldo Kokada
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