Seus inimigos ainda estão vivos...
Eles ruminam sua carne e depois moem os ossos...
Bebem o teu suor, e planejam retirar ainda mais horas do seu descanso...
Enquanto tu dormes, eles te vigiam como uma assombração a tua sonolência.

Eles mascam tua vida repetidas vezes como se fosse extrair suco do baguaçu da cana...
Nas tuas costas praguejam e contam seus dias... Mas antes querem sua aprovação...
Vivem gorando, e usando de ganância para no poder permanecer...
A todo custo querem perpetuar montado na suas costas.

Como um carrapato, uma planta parasita, um bicho de pé...
Um câncer eles querem sua carne, e sua vida de submissão a eles... 
Eles te têm por uma fonte de renda ou um cavalo de serviços pesados...
E como piolhos eles infestam seus cabelos e não saem de sua cabeça.

Conseguiram parte do poder, ignoram punição divina...
A falta de amor e compaixão o fizeram distanciar de sua casa...
E como umas sombras procuram sempre um corpo sólido...
Para existir e perpetuar fazendo maldade.

Carlos Donizeti (DA) 

Comendador Carlos Donizeti de Oliveira
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